Os verdadeiros momentos de alegria neste mundo não são os momentos de auto-satisfação, mas os de auto-esquecimento. Ficar em pé, à beira do Grand Canyon e contemplar a sua própria grandeza é patológico. Em momentos como esse, somos feitos para sentir uma alegria magnífica que vem de fora. E cada um desses momentos raros e preciosos na vida - ao lado do Canyon, diante dos Alpes, sob as estrelas - é um eco de uma excelência ainda maior, a glória de Deus. É por isso que a Bíblia diz: "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos" (Salmo 19:1).
Às vezes as pessoas dizem que elas não podem acreditar que, existindo um Deus, Ele se interessaria por um minúsculo cisco de realidade chamada humanidade no Planeta Terra. O universo, elas dizem, é tão vasto, o que faz com que o homem seja totalmente insignificante. Por que Deus se importaria em criar uma microscópico cisco chamado Terra, a humanidade e ainda se envolver conosco?
Por detrás desta pergunta há uma falha fundamental no modo de enxergar o porquê de o universo existir. O universo reflete a grandeza de Deus, não a significância do homem. Deus fez o universo grande e o homem pequeno para dizer algo sobre Ele mesmo. E Ele diz que é para nós aprendermos e nos satisfazermos, a saber: que ele é infinitamente grande, poderoso, sábio e belo. Quanto mais o telescópio Hubble nos fala sobre as profundezas insondáveis do espaço, mais nós deveríamos reverenciar a Deus. A desproporção entre nós e o universo é uma alegoria da desproporção entre nós e Deus. E ainda assim, a alegoria não passa de um eufemismo. Mas a ideia da alegoria não é anular o homem, mas sim glorificar a Deus.
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