domingo, 4 de dezembro de 2011

Um pregador do século XVIII selou a reviravolta

Jonathan Edwards chegou em minha vida nessa época, com a confirmação mais poderosa dessa verdade que eu já tinha visto fora da Bíblia. Era poderosa porque ele mostrava que ela estava na Bíblia. À medida que escrevo, no ano de 2003, estamos comemorando o seu 300º aniversário. Ele era pastor e teólogo na Nova Inglaterra. Ele se tornou para mim o mais importante mestre morto fora da Bíblia. Ninguém fora da Escritura moldou minha visão de Deus e da vida cristã mais do que Jonathan Edwards.

Eu agradeço a Deus por Edwards não ter desperdiçado a sua vida. Ela terminou abruptamente em função de complicações resultantes de uma vacina contra varíola, quando ele estava com 54 anos. Mas ele viveu bem. A sua vida é inspiradora por causa do seu zelo em não desperdiçá-la e por conta da sua paixão pela supremacia de Deus. Veja algumas das resoluções que ele escreveu, quando ele estava com 20 e poucos anos, para intensificar a sua vida para a glória de Deus.

  • Resolução nº 5: "Resolvo nunca perder um segundo do meu tempo; mas tornar cada momento o mais proveitoso possível."
  • Resolução nº 6: "Resolvo viver com todas as minhas forças, enquanto eu viver."
  • Resolução nº 17: "Resolvo que vou viver da maneira que eu devo desejar de ter vivido quando eu estiver próximo de morrer."
  • Resolução nº 22: "Resolvo empenhar-me em obter para mim tanta felicidade, no outro mundo, quanto eu puder, com todo o meu poder, força, vigor e veemência, até violência, que eu seja capaz ou que possa vir a exercer, de todos os modos que possam ser imaginados."
Essa última resolução (nº 22) pode nos chocar como sendo flagrantemente egocêntrica, mesmo perigosa, se nós não entendermos a profunda conexão na mente de Edward entre a glória de Deus e a felicidade dos cristãos. A violência que ele tinha em mente era o que Jesus quis dizer quando ele disse essencialmente "É melhor que você corte um de seus olhos fora para vencer o pecado e ir para o céu do que tomar parte com o pecado e ir para o inferno" (Mateus 5:29). E, com relação a buscar a sua própria felicidade, tenha em mente que Edwards estava absolutamente convicto de que ser feliz em Deus era o modo como podíamos glorificá-Lo. Essa era a razão pela qual fomos criados. Deleitar-se em Deus não era para ele uma mera preferência ou opção de vida; era o nosso alegre dever e deveria ser a única paixão de nossas vidas. Portanto, resolver maximizar a sua felicidade em Deus era resolver mostrá-Lo mais glorioso do que todas as outras fontes de felicidade. Buscar felicidade em Deus e glorificar a Deus seriam a mesma coisa.