Minha dívida nesse ponto com Daniel Fuller é incalculável. Ele ensinava hermenêutica - a ciência de como interpretar a Bíblia. Ele não apenas me apresentou a E. D. Hirsch e me forçou a lê-lo com rigor, mas também me ensinou como ler a Bíblia com o que Matthew Arnold chamava "rigorosa disciplina". Ele me mostrou o óbvio: que os versículos da Bíblia não são pérolas soltas, mas elos de uma corrente. Os escritores desenvolveram padrões unificados de pensamento. Eles raciocinaram. "Venham, vamos refletir juntos, diz o Senhor" (Isaías 1:18). Isso significava que, em cada parágrafo da Escritura, a pessoa deveria perguntar como cada parte se relacionava com as outras partes de forma a dizer algo coerente. Então os parágrafos deveriam estar relacionados uns aos outros da mesma maneira. E assim os capítulos, os livros e assim por diante, até que a unidade da Bíblia ser achada em seus próprios termos.
Eu senti como se o pequeno caminho marrom da minha vida tivesse adentrado um pomar, uma vinha, um jardim com frutos a serem apanhados por toda parte. Frutos impressionantes, emocionantes e capazes de mudar uma vida inteira. Eu nunca havia visto tanta verdade e tanta beleza condensada em uma esfera tão pequena. Naquela época, a Bíblia parecia para mim, e ainda parece hoje, inexaurível. Era com isso que eu havia sonhado no centro de saúde, com mononucleose, quando Deus chamou-me para o ministério da Palavra. Agora a questão era: qual é o Ponto, o Propósito, o Foco, a Essência desse lindo vislumbre de Verdade divina?
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