sábado, 3 de dezembro de 2011

Eu te abençoo, mononucleose, pela minha vida



No outono de 1966, Deus se aproximava com um caminho cada vez mais estreito para a minha vida. Quando Ele fez Sua jogada seguinte e decisiva, Noël perguntava-se por onde eu andava. O semestre do outono havia começado e eu não aparecera para as aulas, nem na capela. Finalmente ela me achou, estirado com mononucleose em um leito do centro de saúde, onde fiquei por três semanas. O plano de vida do qual eu estava tão certo quatro semanas antes agora escorregava por entre as minhas mãos febris.

Em maio eu sentira uma feliz confiança de que minha vida seria mais proveitosa como médico. Eu amava biologia; eu amava a ideia de curar pessoas. Eu amava saber, afinal, o que eu estava fazendo na faculdade. Então eu rapidamente escolhi química geral durante o verão, para que eu pudesse pegar química orgânica durante aquele outono.

Agora com mononucleose, eu havia perdido três semanas de química orgânica. Não havia como eu me recuperar na matéria. Mas, ainda mais importante, Harold John Ockenga, então pastor da Igreja Park Street em Boston, estava pregando na capela todas as manhãs durante a semana de ênfase espiritual. Eu estava ouvindo na WETN, a estação de rádio da faculdade. Eu jamais havia ouvido uma exposição das Escrituras como aquela. De repente, toda a gloriosa objetividade da Realidade centralizou-se para mim na Palavra de Deus. Eu estava ali sentindo como se eu tivesse acordado de um sonho e sabia, agora que estava acordado, o que eu devia fazer.

Noël veio me visitar e eu disse: "O que você pensaria se eu não seguisse uma carreira médica, mas, ao invés disso, fosse para o seminário?" Assim como todas as outras vezes em que eu fiz uma pergunta como aquela ao longo de todos esses anos, a resposta foi: "Se é para onde Deus está te guiando, é para onde eu irei." A partir daquele momento, eu nunca duvidei de que o meu chamado na vida é para ser um ministro da Palavra de Deus.

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